sexta-feira, 20 de maio de 2011

Frutas contra Parkinson


O mal de Parkinson é uma doença neurológica sem causa definida e ainda sem cura. Mas prevenir esse mal pode começar pela boca. Novo estudo da Escola de Saúde Pública de Havard mostra que consumir frutas ricas em flavonóides, também conhecidos como vitamina P e citrino, ajuda a diminuir o risco de desenvolver a doença. Ao longo de 20 anos, foram acompanhadas quase 130 mil pessoas, sendo que 805 desenvolveram a doença. Durante esse período, os cientistas analisaram o consumo das cinco principais fontes de alimentos ricos em flavonóides: chás, morangos, vinho tinto, maçãs e laranjas ou suco de laranja. Dentre os homens, aqueles que consumiram maior quantidade de alimentos ricos em flavonóides, apresentaram 40% menos chances de desenvolver a doença. Nas mulheres, não houve relação entre o consumo de flavonóides em geral e o desenvolvimento da doença. “Nossos resultados sugerem que os flavonóides, especificamente um grupo chamado antocianina, pode ter efeitos neuroprotetores. Se confirmada, essas substâncias podem ser uma maneira natural e suadável para reduzir o risco de desenvolver doença de Parkinson”, diz Xiang Gao **, um dos autores da pesquisa.
**Doutor em epidemiologia nutricional; mestre em epidemiologia e bioestatística (xgao@hsph.harvard.edu) . Cientista e pesquisador das relações entre fatores ambientais e dietéticos e risco de doenças neurológicas, tais como a doença de Parkinson (DP) e Síndrome das Pernas Inquietas (SPI)

domingo, 15 de maio de 2011

Surpresas cerebrais



Para o neurocientista brasileiro Miguel Angelo Laporta Nicolelis**, o século 21 é o “século do cérebro”. Um dos mais respeitados neurocirurgiões do mundo, candidato ao Prêmio Nobel, Nicolelis acredita que um dia, da mesma forma que alguém hoje pluga um pen drive em um computador e copia um arquivo ou programa, será possível digitalizar todas as instruções cerebrais e gravá-las em um cérebro artificial. Mas, até lá, é preciso derrubar alguns mitos. Um deles, muito difundido, diz que os asiáticos, por usarem uma escrita baseada em ideogramas, teriam uma maior aptidão para a matemática. Isso é falso. Se essa aptidão realmente existe, é fruto de esforço e não, exclusivamente, de uma fonte lingüística. Outro mito é aquele que afirma que só usamos 10% de nossa capacidade cerebral. Várias áreas do cérebro são usadas para diferentes fins e, em certos casos, como em acidentes, certas áreas substituem outras. Além disso, uma única ação exige a participação de diferentes partes do cérebro.
** Nicolelis e sua equipe foram responsáveis pela descoberta de um sistema que possibilita a criação de braços robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. Comanda um dos mais avançados laboratórios de neurociência do planeta, o da Universidade Duke, em Durham, Carolina do Norte, EUA. (
www.nicolelislab.net/)