quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Conservar ou modificar


“Ao longo de nossa trajetória como humanos, vivemos atrelados a determinadas normas que consideramos as melhores e abandonamos outras que não dizem mais nada por estarem em desuso ou fora de moda.
Nem sempre é fácil fazer a escolha mais acertada. Muitas vezes nos agarramos à "doutrina tradicional de uma igreja", mas esquecemos a fundamentação bíblica descuramos do dever de nos adequar aos novos tempos. É necessária uma adequação, um alinhamento. Uma tradição só é válida se nos ajuda a viver intensamente os ensinamentos de Jesus Cristo.
Nossas tradições - que nós criamos - servem  para "disfarçar nossa perversidade" ou nos ajudam a manter o coração unido a Deus e aos irmãos? Ainda hoje encontramos, no seio das comunidades, "fariseus" e "legisladores" que pretendem ditar normas de conduta ou ficarem presos a certas leis já superadas e esquecem o fundamental e irrevogável: o amor a Deus e ao próximo.
O farisaísmo não é privilégio do passado, mas tentação a nos ameaçar continuamente. Não estamos livres das pragas do legalismo, do preconceito, da exterioridade; um cristianismo meramente ritualista e superficial; maior preocupação em obedecer passivamente às normas recebidas do que em dar uma resposta pessoal e comprometida aos chamados de Deus e aos apelos dos irmãos.

Ser fiel observante de "regrinhas" dá a sensação de dever cumprido e até de prestígio diante de Deus. Isso é muito fácil do que construir a própria vida no amor e na liberdade de filhos e filhas de Deus, disponíveis para as necessidades do próximo. O amor para com Deus e com os irmãos não tem regras predeterminadas. Não podemos esquecer que a verdadeira religião passa pelo próximo. A religião pura e santa aos olhos de Deus é esta: assistir órfãos e viúvas, isto é, as pessoas excluídas, renegadas pela sociedade. Não é difícil descobrir onde estão os "órfãos e as viúvas" de nossa sociedade.”

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